(In) Quietos

...a Quarta-Feira poderia ter sido um dia comum.
Não fosse o fato do aceite de um Convite Pendente.
Um Drink aqui, outro acolá (...)
-Garçom, me traga uma Vodka Crua, por favor!

A conversa estava interessantíssima, os tons das vozes se fundiam, deixando de lado todos os padrões de etiquetas.

Danem-se os bemóis da noite, pensei.

19:40, 20:40...enfim 21hs, quando não muito comum (ao menos em nossa concepção do momento), duas moçoilas bonitas e atraentes; chegam à mesa – interrompendo a melodia ali estabelecida pela “dupla”.
-Boa noite, podemos nos juntar a vocês?!
(...)
-Sim claro, sentem-se. Educadamente recebemos as “moribundas”.

A melodia antes, em Dueto, tornar-se-ia num Quarteto.
Confesso que foi interessante.
Finalmente 22:40, as moçoilas despende-se, e uma delas diz: Vocês são um “Casal” fantástico, adorei conhecê-los

(...)

Silêncio Geral e Faces sem Graças, num sorriso singelo e educado; Concordamos.

Silêncio, balançares de pernas, inquietação e um mix de filmes sem nexos, passavam em ambas as mentes, do agora Dueto Mudo.

Hora da partida. Amnhã é um grande dia. Enfim.
Olhares fixos na estrada. Era possível escutar a respiração de ambos.
A distância de menos de 10 minutos de casa, tornara-se uma eternidade.

O carro para, o silêncio torna-se o protagonista do momento; misturado com frios na barriga e tremedeiras nas pernas, numa (in)quietude singular.

Um” boa noite” encerra a noite.
Saio do carro e observo ele em marcha lenta virar a esquina. Foi-se.

“Em resposta, ao ‘o que ta rolando?’; digo apenas que não sei.

Mais se relatei este “pensamento” é Porque ‘ta rolando’.
(In) Quietos Permanecemos.

{f.S - 03-03-2010}