Olhar Sem Nexo

Minhas palavras não exprimem o que de fato há mim.
Sinto o intenso desejo de sumir. Fugir. Abstrair tudo e todos, num processo de revolta (comigo mesmo.)
Busco apenas encontrar-me, porém isto faz de mim um eterno fugitivo.(de mim)
Vez ou outra, sentado num bar. Às vezes observando o bater das águas num píer qualquer. Caminhando sem rumo, sem direção!(mesmo comigo mesmo)

E se eles fossem inteiramente brancos?
Demonstrariam em uma escala minúscula de valores- o vazio existente em mim?
(talvez quem sabe o meu olhar é uma máscara)

Só sei, que continuo a viver num palco sem nexo, cujo final independe de um roteiro bem elaborado, onde ter você e não tê-lo, é o mesmo que estar em Cena sem Platéias.
(não tenho motivos para o olhar sem cores)

Seu Interior Planejado

Sua casa era reluzente, bem planejada.
Seu quarto, com tons Neutros com predominância no Preto e Branco, tornara o espaço acolhedor. Sua iluminação cênica bem planejada era o Paraíso do descanso. Sua bela e confortável cama no estilo Japonês, fazia do ambiente uma retórica acolhedora. Seus móveis minimalista e milimetricamente posicionados, contra pontuavam com os quadros escolhidos a dedos e garimpados em mostras de artes.
Seu gosto era inquietamente regular em se tratando do exterior, no entanto em seu coração podia ver o vazio e o caos ora instalados.

{f.S - Fragmentos do Monólogo Pensamentos de Um Comum}

Olhar pelas Entrelinhas (Desejo)

Às vezes eu sinto uma intensa vontade de transformar esta utopia, numa realidade mórbida.
Saber o que verdadeiramente se passa, me faz querer o surreal de forma ordinária e avassaladora.
Não conhecer a essência real do imaginário do outro, faz com que o meu imaginário – crie Histórias.

Então durmo Pensando. E acordo Sonhando.
E isto me deixa (in)Feliz.

Acontece sempre que o vejo (o outro) pelas entrelinhas.
Observo seu Sorriso. Observo seu jeito.
Com isto O desejo.

Mais não é um desejo sexual (já foi).
É apenas um desejo de querer por perto.
De sentir o Sentir.

Desejo apenas de...(sinceramente não sei)
Talvez Desejo de “Desejo”.

{f.S – Pensamentos de Um Comum}

Ciranda das Cores

(...)

contrapontuando as Tolices, ora instaladas.

Apesar de seguir uma linha Moderno Contemporânea, ainda em alguns aspectos, prefiro os "clichês" furta cores.
...
Girando, bailando, rodopiando o Pincel nesta roda viva (...) apenas experimentando as Cores, para assim, nesta ciranda eu me sentir um Pouco mais feliz - Isto, por ora me basta.

{f.S - Pensamentos de Um Comum}

Não Depende Apenas de Mim.

Sinto-me impregnado pelo intenso desejo de que este momento não acabe (como os outros).
Espero poder compartilhar piamente esta nova experiência de forma, não mais Pragmática. De forma não mais Desordenada. De forma Planejada.
A impregnância deste desejo recíproco, é simplesmente viver o amor de forma verdadeira; compartilhando momentos e sabores, aliados ao crescimento mútuo.
Somente por hoje, não quero parar de acreditar que: "Amar Verdadeiramente" pode dar certo.
A Dependência é Mútua.

{f.S. - Pensamentos de Um Comum}

Cacos de Vidro

Os olhos da carne, só tem direito à Festas impossíveis.
De vez em quando, brilha a Trêmula verdade.
{f.S - Pensamentos de um Comum}

Fragmentos

(...)o mais engraçado em em saber que não lhe tenho; é que ainda em Pensamentos, eu lhe possuo.
(f.S}

Um Presente

Não dar tanta importância às decepções e frustrações, tem me tornado uma pessoa melhor e um pouco mais sábia. Somente por isto recolho os cacos, e faço deles uma escultura craquelada, cuja imagem real não é a mesma do início.

{Pensamentos de Um Comum - f.S}

...sua frieza e seu olhar indiferente, denotam Medo.

ESTA É A MINHA VERDADE, E NÃO A SUA.

Pretensão?
talvez!

Hoje

...tudo o que mais desejo, é
Saber onde, quando e como acabará esta História?

ainda assim (...)

quero que "tudo" gire lentamente.

{f.S - Pensamentos de Um Comum}

Amor Condenado

(...) que os cantos dos pássaros, sejam testemunhas deste crime (im) Perfeito.

f.S- 16/06/2010

Fragmentos

...o balançar de seu berço era tão hipnótico; que por alguns instantes, senti o desejo de retornar (...) lentamente ao útero materno.

{Pensamentos de Um Comum - f.S - 16/06/2010}

fragmentos do Monólogo, "Pensamentos de Um Comum" {f.S}

(...) ao olha-lo, arranca-lhe e alma; e junto, toda sua pureza camuflada. Arrependido. Senta e Chora de vergonha*. Enquanto isto, a borboleta de Drumond, pousa em outro Ombro. Estava a um passo da felicidade e não sabia?! Saberia ele que tal ato, o traria tão estranho sentimento? Oh, Mal sabe ele, que tudo não passou de uma prova, para a verdadeira Magia, e que logo em seguida A Alegria empossaria, em sua vida; um mandato sem renúncias. {f.S}

*vergonha por não ter acreditado, e por ter sido tão presunçoso.

5 Minutos

...me permitindo 5 minutos de Sentimento nostálgico deste dia "estranho" (...) aquele abraço apertado que hoje me falta, retribuo-lhe em orações; e 'ai' do alto em vigília recebo de ti, as graças a mim permitidas. {saudades eternas}
04-03-2010

(In) Quietos

...a Quarta-Feira poderia ter sido um dia comum.
Não fosse o fato do aceite de um Convite Pendente.
Um Drink aqui, outro acolá (...)
-Garçom, me traga uma Vodka Crua, por favor!

A conversa estava interessantíssima, os tons das vozes se fundiam, deixando de lado todos os padrões de etiquetas.

Danem-se os bemóis da noite, pensei.

19:40, 20:40...enfim 21hs, quando não muito comum (ao menos em nossa concepção do momento), duas moçoilas bonitas e atraentes; chegam à mesa – interrompendo a melodia ali estabelecida pela “dupla”.
-Boa noite, podemos nos juntar a vocês?!
(...)
-Sim claro, sentem-se. Educadamente recebemos as “moribundas”.

A melodia antes, em Dueto, tornar-se-ia num Quarteto.
Confesso que foi interessante.
Finalmente 22:40, as moçoilas despende-se, e uma delas diz: Vocês são um “Casal” fantástico, adorei conhecê-los

(...)

Silêncio Geral e Faces sem Graças, num sorriso singelo e educado; Concordamos.

Silêncio, balançares de pernas, inquietação e um mix de filmes sem nexos, passavam em ambas as mentes, do agora Dueto Mudo.

Hora da partida. Amnhã é um grande dia. Enfim.
Olhares fixos na estrada. Era possível escutar a respiração de ambos.
A distância de menos de 10 minutos de casa, tornara-se uma eternidade.

O carro para, o silêncio torna-se o protagonista do momento; misturado com frios na barriga e tremedeiras nas pernas, numa (in)quietude singular.

Um” boa noite” encerra a noite.
Saio do carro e observo ele em marcha lenta virar a esquina. Foi-se.

“Em resposta, ao ‘o que ta rolando?’; digo apenas que não sei.

Mais se relatei este “pensamento” é Porque ‘ta rolando’.
(In) Quietos Permanecemos.

{f.S - 03-03-2010}